quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Haver lã e o poeta penou!



Bela noite em São Paulo
Não chovia
Não havia nuvens no céu
Cães não ladravam
Ladrões não roubavam
Existiam estrelas
Não eram cadentes
Pois meu desejo
Jantava com a gente
Era você!
Sua beleza era tão pura
Quanto uma nascente
Teimosa para chegar ao mar
E Naquele bar
Suas roupas brilhavam
Parecia um arco-iris
E você um pote de ouro
Alias
O seu sorriso...
É um tratado de paz
Para uma possível guerra
Entre os mundos
E quem sabe nós
Caras assustadas
O garçom corria
Ouvindo a gritaria
Entraram no bar
Esbravejando: - É a policia
-Você é um assassino?
A garota pergunta
Enquanto eu sorria
Negando o fato
Que de fato
Era engraçado
Garçom pedindo a retirada
Todos saíram sem pagar
Embaraçados
O destino conspirava contra
Mas eu nadava contra a maré
Já que iria a pé
De um polo a outro
Pra te fazer sorrir
Novamente
Estou sendo Inocente!
De novo...
O relógio deu um giro
E estamos no seu chalé
Em nossos entre’ laços
De corpo
Alma
E direção...
Que por acasos
Sorriamos sem pensar
Sem saber...
Quem era eu?
Quem era você?
O que era amanhã?
Tiro sua roupa
Que não era de lã
Sua pele tinha cheiro
De avelã
Teu beijo sorrindo
É uma dadiva!
É um paraíso
Meu Deus!
Eu tenho a chave do paraíso
Mas tudo acabou
Quando o garoto da plateia
Descobriu os seus segredos
Desta pequenina mágica
Que fez da noite passada apenas sonho
apenas uma pena...
Para o poeta que pena
Ao saber no dia seguinte
Que se casou
Que ira ser mãe
Que se foi...
Que não foi...
A minha pequena!

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