terça-feira, 14 de agosto de 2012
O voar do espectro azul !
No para-peito da luxuria sobre a compreensão injetada, lenta e indolor. Infelizmente desejável falece meu ego. Percebo que o ápice da crise existencial é sentir prazer ao desejar o que lhe causa repulsa. Então pedaços de mim questionam-se febrilmente. Quais danos eu terei sobre este mar? E se afogar-me nestas ondas mansas de um falso alívio ortodoxo? A beira do colapso e de um rochedo, pré-disposto a saltar. Encorajado por vozes no volume de gritos em uma guerrilha, são acusações e duvidas irredutíveis aos ouvidos. Entre incertezas opto por recusa-las independentemente deste paradigma XXI. Há uma pequena partícula divinamente intocável em minha alma, é onde zelarei minha essência original. –confiante pensei-
Após minha objeção as águas que minutos atrás eram calmas deram lugar a uma monstruosa tempestade. Rajadas de ventos que vinham do leste fizeram trepidar meu equilíbrio fazendo-me escorregar do rochedo. Desesperadamente engancho meus braços na ponta da grande pedra. Ingenuamente procuro apoio para os pés, mas não o encontro. Olho para o mar colérico manifestando suas trombas D’águas . Começo a me sentir exausto, meus braços amorteceram e já não aguentam mais meu corpo, estou sem forças e chego ao meu limite. Dei um breve adeus aos meus sonhos e ideais longínquos. Fechei meus olhos e soltei da pedra em queda livre rumo à solidão distante da rocha até o mar. A gravidade agarrou-me e o mar se preparava para me levar, mas no trajeto para o fim sou abraçado por uma rede invisível. Flutuando no ar. Sinto meu corpo arder quando minúsculas esferas azuis emergiram da minha pele de forma inexplicável, cobrindo toda a extensão do meu corpo. Uma força de relutância criada pela minha alma me salvou , fazendo-me voar como um belo espectro azul!
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